Alterado em 13/10/2014 04:58 por Tiago Ribeiro Machad
Elidiane de Brito
Pagliuca*
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo discutir
as questões que permeiam o cotidiano escolar do professor alfabetizador, com
ênfase nos desafios enfrentados em sala de aula por esse profissional, pois
muitas vezes o alfabetizador se depara com obstáculos que limitam seu trabalho
e retardam o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Realizou-se uma
pesquisa bibliográfica considerando as contribuições teóricas de autores como: Cambi
(1999), Ferreiro (1985), Lemle (1988),Nérici (1972), Piaget
(1977), Poerch (1990).Constatando que alguns dos desafios enfrentados pelo
alfabetizador são a pouca formação focada na alfabetização, a falta de
participação dos pais na vida escolar dos filhos e a o alto índice de
indisciplina presente na sala de aula. Mediante estes resultados concluiu-se
que para superar os desafios propostos o educador deve agir em conjunto com a
comunidade escolar e com os pais para rever ações e criar outras no intuito de
oferecer uma educação qualitativa ao aluno.
Palavras – chave: Desafios.
Professor alfabetizador. Sala de aula.
Introdução
O presente trabalho tem
como papel analisar as dificuldades do professor alfabetizador em sala de aula,
já que nos dias atuais a sociedade tem atribuído ao professor a grande
responsabilidade sanar as carências intelectuais dos alunos e evitar que estas
sejam futuros analfabetos funcionais. Nesta busca constante por novos métodos e
práticas pedagógicas o professor tem visto a alfabetização como uma fase
distinta, que requer mais conhecimentos específicos na área.
Nesta perspectiva,
construiu-se questões que nortearam este trabalho, tais como: Quais os desafios
que dificultam o fazer pedagógico do professor alfabetizador? Por que o
professor alfabetizador se encontra tão tenso na atualidade em relação à sua
práxis pedagógica?
Falar de
alfabetização é um tanto complexo até mesmo pela diversidade de métodos
utilizados, e ainda devido às dificuldades de aprendizagem dos alunos,
reprovações e evasão escolar. Assim, a alfabetização caracteriza-se por uma
fase muito importante no desenvolvimento do aluno, sendo a base para
conhecimentos futuros. Segundo o dicionário Aurélio alfabetizar é ensinar a ler
e a escrever ou dar instrução primária, sabemos que alfabetizar vai muito além
de ensinar a ler e escrever, nesta tarefa a linguagem é uma fiel aliada dos
educadores neste processo de ensino/aprendizagem.
A linguagem é uma
área importante na aquisição da leitura e escrita, pois ela permite que o homem
estabeleça uma comunicação intersubjetiva, ou seja, estabeleça a troca e o
diálogo. Assim ele amplia seu vocabulário e elabora novas hipóteses silábicas.
Muitos estudos afirmam que o sujeito se constitui em dois momentos,
primeiro no social e depois no individual numa apropriação ativa e constante.
Na escola esse processo ocorre de forma contínua, remetendo ao educador um
papel importante como mediador do processo da aquisição da leitura e escrita,
com intervenções pedagógicas coerentes, já que os conhecimentos resultam da
pluralidade de sentidos e significações compartilhadas no coletivo, que aos
poucos vão sendo produzidos. Conforme Lemle:
É claro que, além dos
conhecimentos básicos, o alfabetizador precisa de outros dons para se sair bem.
Ele deve ter respeito pelos alunos, evitar o papel de cúmplice de um sistema
interessado em manter esmagada uma grande parte do seu povo, confiar na
capacidade de desenvolvimento dos alunos e ter criatividade, inventividade,
iniciativa, combatividade e fé em sua capacidade de tornar este mundo melhor. (LEMLE,
1988, p.6)
Contudo grandes são
os anseios do alfabetizador em favor de uma educação qualitativa e igualitária,
que ofereça oportunidades para o educando avançar rumo à conhecimentos
significativos, que inclua o aluno na cultura grafocêntrica (cultura centrada
na escrita) e não exclua. Por esta e outras atribuições que o professor
alfabetizador se encontra apreensivo diante de tamanha responsabilidade no
cenário educacional.
Diante de tantos desafios,
é visível a fuga dos professores das séries iniciais das salas de
alfabetização, assim poucos encaram e adquirem experiências
metodológico-pedagógicas para enriquecer o universo da alfabetização.
Para alcançar os objetivos propostos, este estudo utilizou-se como metodologia
a pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo. Mediante revisão
bibliográfica, compilando estudos sobre obras que trazem em seu bojo
informações e definições relevantes ao desdobramento do trabalho.
O estudo foi
ancorado nas ideias e concepções de autores como: Cambi
(1999), Ferreiro (1985), Lemle (1988), Nérici (1972),
Piaget (1977), Poerch (1990).
Desenvolvimento
A alfabetização é uma fase
distinta, cheia de novas experiências e sensações em que o aluno se depara ao
chegar à escola, para aqueles que não frequentavam a Educação Infantil, é o
primeiro contato com a educação formalizada. Durante muito tempo a
alfabetização foi vista como a mera aquisição do código escrito, que formava
alunos para as fases seguintes.
Nos anos 70 e 80 o
elevado índice de analfabetismo, a repetência e a evasão escolar estimularam a
busca por novas formas de conceber e direcionar o trabalho educativo na
alfabetização e os conceitos equivocados foram aos poucos superados. Conforme
Cambi (1999):
A partir dos anos 80
e sucessivamente até hoje, a pedagogia foi atravessada por um feixe de
"novas emergências", novas exigências e novas fórmulas educativas,
novos sujeitos dos processos formativos/educativos e novas orientações
políticos culturais. (CAMBI, 1999, p.638)
Esses novos tempos
foram marcados por reflexões acerca do indivíduo como ponto de partida para a
construção de novos conhecimentos. O quadro educacional passou por grandes
mudanças devido ao novo modo construir conhecimentos, alinhados aos
acontecimentos atuais com foco na particularidade do aluno. Portanto, na
alfabetização a ação educativa do professor também sofreu esta influência, com
a utilização de temas atuais com ênfase na formação intelectual e social do
aluno.
Essa mudança no cenário educacional se deu
também devido aos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua
escrita, com as contribuições de Emília Ferreiro & Ana Teberosky (1985) que
enfatizava que a alfabetização não era a mera codificação e decodificação do
sistema linguístico, mas se caracterizava como um processo ativo em que a
criança em contato com a cultura escrita ia aos poucos (re) construindo hipóteses
sobre a língua escrita, até chegar à escrita convencional, como nos afirma
Ferreiro (1985):
Nossa visão atual do
processo é radicalmente diferente: no lugar de uma criança que espera
passivamente o reforço externo de uma resposta produzida pouco menos que ao
acaso, aparece uma criança que procura ativamente compreender a natureza da
linguagem que se fala à sua volta, e que, tratando de compreendê-la, formula
hipóteses, busca regularidades, coloca à prova suas antecipações e cria sua
própria gramática (que não é simples cópia deformada do modelo adulto, mas sim
criação original).(FERREIRO, 1985, p. 22)
De acordo com esses
estudos o professor terá a função de mediar este processo, e propor desafios
por meio de atividades planejadas com intencionalidade pedagógica. Assim, aos poucos
educando fará novas descobertas e (re) construirá hipóteses. Por isso, o
estímulo visual com o uso de diferentes gêneros textuais é imprescindível nessa
etapa.
No contexto da
alfabetização o professor é muito importante, porém em muitos casos esse
profissional nem sempre está habilitado para executar tal tarefa, pois,
visto que muitos não obtiveram uma boa formação e nem sabem quais são as
etapas do processo de construção da escrita. Como esse profissional irá
conduzir esse processo, se nem compreende como ele se dá?
A implantação de
ações que tragam um bom suporte teórico/pedagógico para esses profissionais são
urgentes no meio educacional, pois muitos estão "grudados" nos
livros didáticos por medo de ousar e errar. É preciso que ocorram novas
mudanças no fazer educativo com ênfase nas práxis pedagógica, ação – reflexão –
ação de sua prática educativa atrelada à teoria. Considerando que esses
professores terão mais dificuldades para alfabetizar seus alunos e ainda poderá
desencadear nesses alunos dificuldades de leitura e escrita ao longo de sua
vida escolar.
O alfabetizador é um
profissional do ensino de línguas e, como tal, além do domínio e das técnicas
pedagógicas deve possuir sólidos conhecimentos linguísticos tanto da língua,
enquanto meio de comunicação, quanto sobre a língua, enquanto objeto de
análise. (POERSCH, 1990, p. 37)
Na verdade, o
professor que está inserido em sala de aula tem o dever de oferecer uma
educação de qualidade, e isso requer formação e competência para desenvolver um
trabalho satisfatório. É visível também em alguns professores a falta de
interesse por novos conhecimentos, pela busca pessoal de novas ferramentas
pedagógicas em sala de aula para aperfeiçoar seu trabalho. Portanto o alfabetizador
será o agente que estimulará as descobertas da língua escrita até chegar à
escrita convencional.
Outro desafio bem
pertinente é a falta de apoio e acompanhamento dos pais na vida escolar dos
filhos, o professor se depara sozinho nesta missão de alfabetizar a qualquer
custo. Um fator bem interessante é que os pais atribuem ao professor a culpa do
fracasso escolar do filho, assim se estabelece no seio escolar a
"briga" histórica entre Escola X família.
O abandono escolar
de alguns pais é revoltante, pois esse cenário é visível com muita frequência
no meio escolar, pois muitos alunos vão e voltam com as tarefas em branco,
chegam à sala de aula desmotivados, sendo que muitas vezes necessitam de
estímulos exteriores para a construção de aprendizagens e não encontram. Essa é
a realidade em muitas salas de aula, pais negligentes e omissos em reuniões
escolares, datas comemorativas e outros eventos que favorecem a interação
escola/família.
A legislação é bem clara e
específica quanto às atribuições da família e do Estado, a Constituição
Federal, em seu artigo 205, afirma que" a educação é direito de todos e
dever do Estado e da família". A educação informal é obrigação da família
e formal do Estado, por isso as duas instituições devem sempre estar em
constante sintonia para priorizar uma boa educação. Sobre essa relação Nérici
(1972) salienta que:
A educação deve
orientar a formação do homem para ele poder ser o que é, da melhor forma
possível, sem mistificações, sem deformações, em sentido de aceitação social.
Assim, a ação educativa deve incidir sobre a realidade pessoal do educando,
tendo em vista explicitar suas possibilidades, em função das autênticas
necessidades das pessoas e da sociedade. (NÉRICI, 1972,p.12)
Nesta perspectiva
entendemos que escola e família se complementam na tarefa da formação social da
criança, se uma das duas se omite quanto à sua atribuição o processo de
ensino/aprendizagem fica prejudicado. Nesta perspectiva Nérici (1972) considera
que a influência da família é básica e fundamental no processo educativo do
imaturo e nenhuma outra instituição está em condições de
substituí-la. Embora muitas vezes o trabalho ou a falta de tempo são
algumas justificativas para essa ausência, considera-se que essas
"desculpas" futuramente não irão sanar as carências intelectuais,
afetivas e sociais que poderão aflorar no aluno.
Outro desafio
notável presente na sala do alfabetizador é a indisciplina dos alunos durante
as atividades diárias propostas pelo professor, a falta de interesse e a falta
de otimismo para conquistar uma vida futura próspera está cada vez mais
distantes dos nossos alunos. Falta amor pela busca do conhecimento, pois para a
grande maioria dos alunos a atividade estudar é fatigante e obrigatório.
Uma boa parcela da
aula é reservada para advertir os alunos indisciplinados, que muitas vezes até
lançam "palavrões" pejorativos contra o professor e os outros alunos.
Nesta perspectiva nota-se que cada vez está mais difícil estabelecer regras
para ordenamento e coerção desses alunos. De acordo com Piaget (1977, p.7)
"toda moral é um sistema de regras e a essência de toda moralidade
consiste no respeito que o indivíduo sente por tais regras".
Por isso mais uma
vez o professor entra em ação na busca constante de meios que estabeleçam
regras de convivência e de respeito ao próximo, priorizando a cidadania. Cabe
ao educador usar ferramentas dinâmicas e eficazes para uma boa sintonia entre
os aspectos intelectuais/sociais. Essa tarefa faz parte da interdisciplinaridade
vivenciada em sala de aula com os múltiplos usos dos eixos de formação humana
propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais que considera o aluno em sua
totalidade, e não fragmentado.
Estes são alguns
desafios que tem afrontado o professor alfabetizador em seu fazer educativo,
que causam angústias, dificuldades e sofreres. Que dia a dia o conduz à
ação/reflexão/ação de sua prática pedagógica na busca de soluções para
transformar esse cenário frustrante do contexto educacional. Como
medidas paliativas o educador "consciente" busca conhecimentos
diversificados mediante cursos de formação continuada, leituras de temas
diversificados para enriquecer e aperfeiçoar sua ação educativa.
Conclusão
Diante deste
estudo, concluiu-se que a tarefa do professor alfabetizador é árdua, pelas
grandes dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar, afinal é o alfabetizador
quem irá abrir as janelas da leitura e da escrita para educando avançar rumo às
novas aprendizagens. Segundo algumas raízes teóricas é o educador deve oferecer
condições ao educando para a construção da leitura e da escrita no contexto
escolar.
Deve-se se descartar a
concepção errônea de que o aluno deve ser fruto de uma educação bancária, e
incluir nas práticas educativas metas em prol de uma educação com sentido de
construção não só de conhecimentos científicos, mas de significados, valores e
cidadania no dia a dia escolar. Faz-se necessário repensar a educação com foco
nas relações interpessoais, oferecendo ao aluno meios e possibilidades para a
construção de uma aprendizagem significativa.
Mas para realizar
um trabalho satisfatório é imprescindível a interação entre família-escola,
esquecer a "rixa" antiga de um culpar o outro pelo fracasso escolar
do educando. É tempo de paz, atitudes conjuntas que visem restaurar os laços de
companheirismo e respeito mútuo no objetivo de expandir e contribuir para uma
educação qualitativa.
Portanto, sonhar
com uma educação que objetive uma transformação social, é romper com o velho e
ousar com o novo, na utilização de meios diversificados que conduza o aluno à
não somente ler letras, mas, essencialmente atribuir sentido e significado
naquilo em que se lê. Compreender que o papel do alfabetizador não é transferir
conteúdos, mais sim dividir e construir saberes e oferecer aos alunos com
dificuldades de aprendizagem conhecimentos contextualizados e prazerosos.
Outro ponto bem pertinente
neste estudo é falta da participação da família na vida escolar do aluno, assim
faz-se necessário idealizar estratégias que despertem o interesse por relações
de trocas de experiências no seio escolar entre família-escola-aluno. Uma boa
sugestão para sanar essa deficiência seria o trabalho com projetos
interdisciplinares com foco na família, convidando os pais para assistir
palestras, participar de oficinas, contribuir com ações diversificadas para o
sucesso escolar do filho.
O grande índice de
indisciplina na escola atual é bem assustador, para reverter esse quadro faz-se
necessário a implantação de ações que sensibilize o educando no respeito por
normas e regras. O aluno através dessas medidas deverá aprender o verdadeiro
sentido da cidadania e dos valores morais, que irão refletir na sua formação
social e ética.
Neste estudo foram
elencados alguns desafios do professor alfabetizador em sala de aula, para
superá-los o educador deve agir em conjunto com a comunidade escolar e com os
pais para rever ações e criar outras no intuito de oferecer uma educação
qualitativa ao aluno.
Sabemos
cotidianamente são atribuídos ao professor alfabetizador a responsabilidade
de alfabetizar e letrar o aluno, e lhe é exigido resultados por este trabalho.
Porém o professor não desenvolverá um bom trabalho sozinho e desamparado, mas
necessitará de apoio pedagógico e da família.
Portanto, nessa tarefa árdua lhe compete o papel de promover o uso social dos
diversos textos apresentados aos alunos, mostrar significados nas atividades
diárias com ênfase na contextualidade do educando.
Na verdade, os desafios são importantes para amadurecer em uma prática inovadora e transformadora, são eles que ofereceram ao professor subsídios para a construção do fazer escolar cotidiano. O alfabetizador não deve permitir que os desafios o amedrontem, mas que estes lhe provoquem uma constante inquietude que estimulará a busca de meios para desenvolver uma prática significativa e fundamentada teoricamente. Lidar com a alfabetização requer competência e compromisso com um ensino que vise uma genuína transformação social dos pequenos cidadãos que interagimos no dia a dia escolar.
Na verdade, os desafios são importantes para amadurecer em uma prática inovadora e transformadora, são eles que ofereceram ao professor subsídios para a construção do fazer escolar cotidiano. O alfabetizador não deve permitir que os desafios o amedrontem, mas que estes lhe provoquem uma constante inquietude que estimulará a busca de meios para desenvolver uma prática significativa e fundamentada teoricamente. Lidar com a alfabetização requer competência e compromisso com um ensino que vise uma genuína transformação social dos pequenos cidadãos que interagimos no dia a dia escolar.
REFERÊNCIAS
AURELIO, O mini dicionário da
língua portuguesa. 4a edição revista e ampliada do mini dicionário
Aurélio. 7a impressão – Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição
da República Federal do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Imprensa
Oficial. Brasília, DF, 1988.
CAMBI, Franco. História da
pedagogia. Tradução de Álvaro Lorencini. São Paulo. Fundação editora da
UNESP (FEU), 1999 – (Encyclopaidéia)
FERREIRO, Emilia. Psicogênese
da língua escrita. Emília Ferreiro e Ana Teberosky; tradução de Diana
Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. – Porto Alegre: Artes
Médicas. 1985.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do
alfabetizador. 2ª Ed. São Paulo. Ática. 1988. Série Princípios.
NÉRICI, Imídeo G. Lar, escola e
educação. São Paulo: Atlas, 1972.
PIAGET, J. O julgamento moral na
criança. São Paulo: Mestre Jou, 1932/1977.
POERSCH, J. M. Suportes Linguísticos
para a alfabetização. 2 ed. Porto Alegre: Sagra, 1990.
*Professora
do I Ciclo 1ª FASE da Escola Estadual Treze de Maio em Porto Esperidião-MT pós
graduando do curso Alfabetização e letramento do Instituto UCAM/PROMINAS
Autor:
ELIDIANE DE BRITO
PAGLIUCA
Fonte: http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/OS-DESAFIOS-DO-PROFESSOR-ALFABETIZADOR.aspx
Nenhum comentário:
Postar um comentário